Ocorreu na manhã da última segunda-feira, 26, no auditório do Quartel do Comando Geral (QCG) do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), a VIII Jornada Pedagógica do Programa Escola da Vida (PEV), que tem como objetivo capacitar os futuros monitores responsáveis pelas novas turmas 2024. Em grande parte, os monitores são ex-alunos do PEV e fazem parte do projeto de voluntariado civil empregado pelo CBMPA.
O evento reuniu bombeiros militares de diversos GBM’s e contou com uma mesa de honra composta pela Coronel QOBM Alessandra de Fátima Vasconcelos Pinheiro, pela Coronel QOBM Marília Gabriela Contente Gomes e pelo responsável do núcleo de relações institucionais, o professor Julio Alejandro Quezada Jelves. O professor Julio foi o primeiro a palestrar na solenidade e expôs sobre a importância do senso de identidade e pertencimento em comunidades marginalizadas. Ele falou sobre a necessidade da implementação das Usinas da Paz em bairros estruturalmente violentos, e enfatizou o PEV como programa prioritário do Governo do Estado, que consolida-se hoje, como referência de enfrentamento de formas de violência em diversos estados brasileiros.
“Essa política de enfrentamento da violência em bairros periféricos é possível através das Usinas da Paz e de programas como o PEV. É inegável o importante papel que o CBMPA exerce para a consolidação nessa nova maneira de atender populações vulneráveis. Essa é uma retomada do espaço coletivo para possibilitar o desenvolvimento. Os agentes de segurança pública possuem essa responsabilidade e mediam a presença do Estado nessas comunidades”, expressou em seu discurso.
A Coronel QOBM Gabriela ficou responsável pela orientação educativa e iniciação dos monitores. Na ocasião, ela falou sobre a importância da solenidade:
“Participar da VIII Jornada Pedagógica do PEV é muito gratificante porque é um momento que nós, instrutores e voluntários civis, temos a oportunidade de trocar conhecimentos e experiências sobre a nossa rotina e aproximar nossas perspectivas individuais. Não tenho dúvidas de que os militares têm amor pelo programa e, com conhecimento e abordagens técnicas, somaremos no projeto com foco na redução da violência e da criminalidade, levando cultura de paz aos bairros mais vulneráveis. Vamos juntos fortalecer laços comunitários e familiares”.
O primeiro dia foi finalizado com a palestra da 3° Sargento Aline Lemos Carvalho da Silva, que falou sobre defesa civil nas escolas. Nesta terça-feira, 27, a programação continuou no auditório do QCG com os palestrantes: Dra. Gleice Karen da Universidade Estadual do Pará (UEPA), Sub Tenente RR Nelson da Silva Fernandes e os cordenadores das Usinas da Paz. Os temas abordados foram: Apresentação das atividades desenvolvidas em 2023; Orientações técnicas para adequação do PEV à proposta da COP 30 e uso adequado do kit de primeiros socorros. O evento ocorrerá até quinta-feira, 29, e abordará diversos temas relacionados à convivência, saúde mental, prevenção de uso de drogas, ambiente de trabalho, prevenção a violência, rede de apoio e atendimento para crianças e adolescentes.
Os monitores serão responsáveis pelas novas turmas de 2024 do programa, que ocorrerão nas Usinas da Paz localizadas nos bairros Icuí, Bengui, Cabanagem, Terra Firme, Jurunas, Guamá e Marituba. O ano letivo iniciará em abril de 2024 na modalidade presencial, e prevê sete turmas com 30 alunos cada, totalizando 210 inscritos. Os selecionados possuem faixa etária entre 12 e 15 anos e encontram-se em situação de vulnerabilidade social e carência socioeconômica, sendo residentes dos bairros alvos do programa TerPaz.
Com 323 horas/aula previstas, o programa possui em seu cronograma programático temas como: Noções de defesa civil; Noções de prevenção e extinção a princípio de incêndios; Noções de salvamentos terrestre, aquático e aéreo; Noções de primeiros socorros e prevenção de acidentes domésticos; Educação física, esporte e lazer; Noções básicas de informática; Musicalização e outros.
O Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil enfatizam o compromisso da segurança pública em auxiliar e assistir comunidades periféricas, cooperando para a diminuição da violência e envolvendo-se com as famílias paraenses. Nosso dever, como agentes de segurança pública, é fomentar, cada vez mais, a inserção de instituições governamentais em espaços públicos e coletivos, salvando e transformando vidas.
Texto e imagens: Ascom CBMPA.
