Bombeiros realizam simulação e treinamento para funcionários do Hospital Oncológico Infantil
Publicado: 27 de novembro de 2017 - Hora: 11:26

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Bombeiros realizam simulação e treinamento para funcionários do Hospital Oncológico Infantil

A rotina do Hospital Oncológico Infantil Octavio Lobo mudou na manhã desta terça-feira (21). Pela primeira vez no estado, uma simulação de evacuação e atendimento emergencial em grande escala aconteceu em uma unidade de saúde, e mobilizou vários órgãos de segurança.

A Simulação do Plano Emergencial do Hospital Oncológico Infantil serviu como avaliação da estrutura física do prédio em casos de sinistros, especialmente os incêndios, e treinou os brigadistas para evacuar o local de forma correta.

O treinamento fez parte do plano de Atendimento em Emergência (PAE), inserido no cronograma da Segurança e Medicina do Trabalho (SEMT). Todos os anos são realizados uma simulação no hospital, na qual os brigadistas, funcionários capacitados para evacuar o prédio e orientar as pessoas, são treinados a atuar em situações de sinistro (incêndios, arrombamentos, ameaça de queda do prédio e outros).

Mas este ano, a direção do hospital resolveu fazer algo bem realista, com fumaças simulando incêndio, uso de extintores, trânsito fechado em frente ao hospital para o atendimento às “vítimas” e brigadistas e funcionários do Oncológico Infantil vestidos de super-heróis, para conscientizar e preparar as pessoas no caso de uma situação de risco.

“O treinamento ocorreu de uma forma lúdica, justamente para não criar pânico nas crianças. Essa preocupação nós tivemos também com a vizinhança, com a qual conversamos duas semanas antes, para que soubessem que era apenas uma simulação”, disse Tatiane Santos, diretora administrativa financeira do hospital.

Gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, por meio de contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Oncológico Infantil existe há dois anos e é a primeira unidade da Região Norte referência no tratamento e diagnóstico do câncer infantojuvenil. Atualmente, 700 crianças e jovens de todo o Pará com câncer, de 0 a 19 anos, estão em tratamento no hospital.

Brincadeira levada a sério – A operação teve a participação de 500 pessoas, entre funcionários e profissionais de segurança, além de 45 crianças que fazem parte do Projeto Escola da Vida, mantido pelo Corpo de Bombeiros do Pará.

Durante a simulação, as crianças do projeto ficaram no lugar dos pacientes do Hospital Oncológico Infantil. Marcelo Érick, 13 anos, incorporou um paciente da UTI. “Nunca passei por essa experiência de fingir que sou outra pessoa. Estou gostando muito, de imaginar como eu seria como uma das crianças internadas aqui e saber que, com esse treinamento, vamos ajudá-las em caso de um acidente”, disse a criança.

Lucas Carvalho, 22 anos, também esteve envolvido na simulação. Ele trabalha no setor administrativo e foi convocado para dar um apoio aos brigadistas na hora de orientar as crianças a evacuarem o prédio. “Não basta uma pessoa comum orientar uma criança. Agora se um super-herói falar, vai passar uma maior segurança e conforto. Me sinto muito feliz em participar dessa simulação e ajudar na prevenção de acidentes”, disse o funcionário que estava fantasiado de “Robin”.

Integração – O treinamento começou com a simulação de um princípio de incêndio no 4º andar da unidade, onde fica localizada a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Os brigadistas se dividiram pelos pisos do prédio, evacuando os ambientes, socorrendo as vítimas e acionando o Centro Integrado de Operações (CIOP), que por sua vez mobiliza a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob).

Durante a simulação, 20 militares do Corpo de Bombeiros estiveram envolvidos. “A importância dessa ação foi saber como proceder em uma situação real. Quais os quartéis próximos que podem ser acionados, quais são as rotas de fuga dentro do hospital, e por onde a gente vai poder tirar as crianças no menor tempo possível e com o máximo cuidado”, destacou a major Ciléia Mesquita, chefe de operações do Corpo de Bombeiros.

A simulação inédita foi acompanhada de perto pelo engenheiro de segurança do trabalho Deivison Guerreiro. “A importância principal dessa operação foi a prevenção. Hoje nós sabemos que a segurança contra incêndios é primordial para o bom desenvolvimento de uma empresa. A Pró-Saúde, que administra o Oncológico Infantil, controla toda essa questão da emergência e mantém o treinamento atualizado de seus funcionários através de ações como esta”, pontuou o engenheiro.

Por Syanne Neno (Agência Pará)

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