Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SESMA) o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) realizou na manhã da última terça-feira, (15), a campanha de vacinação contra o Influenza, a ação foi direcionada principalmente para os militares que atuam na área da saúde, por conta do atendimento ao público e que executam atividades de resgates. O evento faz parte de uma estratégia do Ministério da Saúde em curso desde o dia 23 de abril para prevenir o avanço da gripe pelo país.
A parceria nasceu da necessidade de ambos os órgãos, do Corpo de Bombeiros de imunizar o seu efetivo, primordialmente os que trabalham na área da saúde e, da Sesma, de efetivo para realizar atendimentos domiciliares. O atendimento domiciliar é uma demanda, com cadastro de pessoas que recebem os profissionais da Sesma em suas residências, como idosos e debilitados. Segundo o Diretor de Saúde da Polibom do Corpo de Bombeiros, Coronel Márcio Francês, os militares do Corpo de Bombeiros darão apoio a Sesma para atender essa demanda. “Pelo pouco efetivo o órgão demoraria para realizar os atendimentos, então o bombeiro vai dar esse apoio, fazer essa força-tarefa para que dentro de uma semana realize essa missão. E, para isso, é preciso estar devidamente protegido, por isso a campanha”, disse o diretor.
A vacinação é importante porque o efetivo trabalha com vários tipos de pacientes, de maneira geral, tem caráter preventivo. O Capitão Adriano, Chefe da Seção de Recrutamento, Seleção e Inclusão, comentou sobre a importância da realização. “Profissionalmente falando é muito importante por conta do nosso trabalho, que é de risco, nós trabalhamos com vítimas e não sabemos o que essas vítimas têm, precisamos estar sempre prevenidos”, ressaltou.
De acordo com Cabo Pinheiro, do Grupamento de Socorro e Emergência (GSE), responsável pela equipe que manipulava as vacinações, recomenda-se que o paciente esteja saudável, sem ingerir bebida alcoólica por pelo menos 72 horas, e que no momento da vacinação é feita uma avaliação analisando se o paciente está apto para receber a dose.
Ainda segundo o Cabo Pinheiro, o militar pode trabalhar normalmente após a vacinação. “Estamos trabalhando o sistema imunológico do paciente, então estamos estimulando-o, quando tiver um novo contato com o vírus ele terá uma resposta mais rápida por conta da vacina prévia”, finaliza.
Sobre o vírus Influenza
Quais os sintomas da gripe H1N1?
Os sintomas da gripe comum e da gripe H1N1 são muito parecidos e se confundem: febre, tosse repentina, dor de cabeça, dor na garganta, dores musculares, dores nas articulações e coriza. A gripe H1N1 ainda traz mais chances de complicações, como pneumonia, sinusite, otite ou piora de condições pré-existentes, como doenças cardíaca ou pulmonar. Geralmente, os sintomas duram de três a sete dias, podendo a tosse e a dor no corpo persistirem por mais tempo.
Por isso, se você observar alguém com os sintomas listados acima, oriente-o para que procure um médico ou posto de saúde.
Como prevenir o contágio?
Como o vírus é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias daquelas já infectadas, alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados, como:
– lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão;
– o uso do álcool gel para higienizar as mãos também é recomendado;
– evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com qualquer superfície;
– não compartilhar objetos de uso pessoal, incluindo alimentos, copos e toalhas;
– cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.
Outras orientações são: evitar o uso de ar-condicionado, manter os ambientes arejados, com portas e janelas abertas, inclusive para reuniões. Pessoas com qualquer tipo de gripe devem evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.
Quando procurar o médico, qual o tratamento e o que são os “grupos de risco”?
As pessoas que apresentarem os sintomas de gripe devem procurar atendimento preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. Inicialmente, o tratamento é realizado com medicamentos que aliviam alguns sintomas, repouso e líquidos. Para os pacientes com sinais de agravamento e com condições de risco para complicações, é indicada a utilização de antivirais, porém, a medicação é feita com prescrição médica.
O Ministério da Saúde orienta que mulheres gestantes, idosos acima de 60 anos e crianças de 6 meses a 5 anos de idade precisam redobrar os cuidados, pois são os chamados grupos de risco.
Texto: Ana Laura Costa
Fotos: Sargento Carlos