O Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC), deram início na semana passada às ações da Operação Fênix, de combate às queimadas no Estado. A ação está sendo realizada nos municípios de Marabá, Parauapebas, Altamira, Redenção e Itaituba, onde foram registrados maiores índices de incêndios florestais, de acordo com dados estatísticos do CBMPA e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS).
A Operação Fênix está sendo desenvolvida nos 5 municípios que possuem grupamentos bombeiro militar. As Unidades se prepararam para receber o apoio deste reforço nesta missão, como informou o comandante do 23° Grupamento Bombeiro Militar/Parauapebas, Major BM Hugo. “Recebemos um acréscimo de 10 militares, vindos para otimizar nosso espaço com a logística. Montamos nossa base e nosso serviço junto a esse reforço, para assim conceder uma resposta adequada ao município de Parauapebas, que hoje é o epicentro das queimadas”.
A Operação Fênix 2020, foi dividida em duas quizenas, na primeira foram destacados 65 Bombeiros Militares, sendo 50 especialistas em Combate a incêndio florestal, 8 para o auxílio e apoio logístico dos combatentes e 7 técnicos da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Este efetivo compõe as guarnições de combate às queimadas em áreas mais afastadas das localidades. E para fornecer um melhor serviço, o CBMPA equipou todos os militares com materiais operacionais, como explicou o Subtenente BM C. Augusto, chefe da guarnição de combate a Incêndio Florestal (GCIF) em Parauapebas. “O CBMPA, enviou uma gama de recursos para atuar na frente dos combate nos municípios bases, os focos estão sendo identificados através do sistema de monitoramento climático, feito pela CEDEC. Este ano a Operação trás uma novidade, o combate está sendo feito com o Sistema CAFS, sigla em inglês (Compressed Air Foam System), que é um sistema pressurizado com ar comprimido e água, que produz espuma com grande raio de ação, composto por motobomba portátil com tanque para capacidade de 600 litros de água, autonomia entre 40 a 50 minutos para combate ao fogo e pode ser facilmente transportada na carroceria de uma caminhonete, dando flexibilidade para chegar em locais mais distantes e de difícil acesso, onde viaturas maiores não alcançam, assim possibilitam a realização de um combate mais eficiente às queimadas nesses locais.
COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL
Como a Operação compreende uma grande área de atuação, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, instalou um gabinete de crise, no município de Parauapebas, dando um reforço para a Operação, conforme repassou o Subtenente Da Silva, da CEDEC em Parauapebas. “O gabinete de crise atua de forma coordenada, onde gerencia a ação e catáloga os recursos humanos, materiais e institucionais, com o objetivo de garantir o combate aos incêndios florestais na região. As equipes dividem-se em duas, uma do Sistema de Comando de Operações (SCO) e a outra do “Drone” que faz o levantamento aéreo das áreas atingidas.
INCÊNDIOS FLORESTAIS
Os incêndios florestais são considerados como um dos maiores problemas para as florestas do país, pois provocam graves alterações nas formas vegetais, sejam elas nativas ou plantadas assim como graves prejuízos a fauna. Dentre as atividades do homem, o maior agente de danos tem sido atribuído ao uso irresponsável do fogo, que em descontrole, cria um desequilíbrio ambiental, perda de fertilidade do solo, poluição e graves acidentes quando ocorrem às margens de rodovias.
Importante ressaltar que nessa primeira semana de operação houve várias ações, como resgate veicular em Carajás, busca e resgate de pessoa em área de selva, na região de São Félix do Xingu, além de intensos combates à incêndios florestais nas áreas dos cinco municípios bases, onde há guarnições da Operação Fênix que reforçam o efetivo local dos grupamentos, atuando em áreas urbanas e rurais tanto pública como privadas.
ASCOMCBMPA
