O chamado “inverno amazônico” deve registrar aumento de chuvas na Região Metropolitana de Belém, no sudoeste do Estado e Arquipélago do Marajó
Publicado: 6 de janeiro de 2020 - Hora: 14:45

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O chamado “inverno amazônico” deve registrar aumento de chuvas na Região Metropolitana de Belém, no sudoeste do Estado e Arquipélago do Marajó

Por conta do “inverno amazônico”, período de maior intensidade de chuvas na região, o paraense deve enfrentar mais um mês de janeiro de tempo predominantemente nublado e com muita chuva, que podem, inclusive, ser diárias até o fim do primeiro trimestre de 2020. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a Defesa Civil do Estado, ligada ao Corpo de Bombeiros Militar do Pará, municípios da Região Metropolitana de Belém, do sudoeste e do Arquipélago do Marajó podem receber cerca de 400 milímetros de chuvas até março, quando devem ser registrados os maiores volumes de precipitação pluviométrica.

A denominação regional inverno amazônico tenta, na verdade, explicar o que ocorre principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, já que é verão nesta época do ano na maior parte do hemisfério sul. Esse fenômeno que aumenta, consideravelmente, tanto o calor quanto o índice pluviométrico, pode ser explicado pela atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e por sistemas meteorológicos de escalas menores, linhas de instabilidade e sistemas de brisas.

“Já começou. Estamos realmente vivendo o ‘inverno amazônico’, e o perigo é que estamos no meio do verão. Só que por conta da ZCIT, direta ou indiretamente, temos esses índices de chuva acima de 300 mm e o clima mais quente, abafado, daí esse nome”, informa o meteorologista Frank Baima, da Diretoria de Meteorologia, Hidrologia e Mudanças Climáticas e do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), da Semas. Ele complementa que, no sul do Pará, os altos índices já estão relacionados à Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), passagem de ramos de sistemas frontais e/ou frente frias.

Tempo fechado – O especialista não acredita que haverá um turno mais chuvoso que outro. “Varia. Vai depender muito. Entre setembro e novembro tínhamos o amanhecer nublado e a tarde com pancadas de chuva. Em dezembro ocorre a transição do período de menos chuvas para o período de mais chuvas. E em janeiro temos o deslocamento gradativo da ZCIT para o hemisfério sul, juntamente com a circulação atmosférica, que proporciona um tempo nublado e encoberto ao longo do mês. A tendência é até mesmo de chuvas contínuas, de característica torrencial, ou em vários momentos do dia, não muito diferente do mesmo período no ano passado”, detalha Frank Baima.

Embora o primeiro trimestre seja o momento mais crítico, o meteorologista confirma que o monitoramento é feito o ano inteiro, de forma contínua, incluindo a relação do quantitativo de chuvas acumuladas nas bacias dos rios, a fim de antecipar e prevenir a possibilidade de transbordo. “Diferente do ano passado, Marabá (no sudeste paraense) não deve bater a cota de alerta, que é de 10 metros de altura, porque a quantidade de chuvas será menor na região este ano. Ao contrário de localidades como Oriximiná, Santarém e Óbidos, que nos preocupam por causa da influência do Rio Amazonas, que tem recebido muitas chuvas”, antecipa o meteorologista.

Monitoramento – Assim como a Semas, a Defesa Civil segue em alerta, no apoio e monitoramento do clima, com agentes capacitados para atuar em qualquer situação de desastre. A articulação com quase todas as secretarias de governo garante atendimento rápido em casos de calamidade pública. Em áreas de relevo acidentado, como a região do Baixo Amazonas (no oeste) e de Carajás (sudeste), a atenção é redobrada.

 

 

“Estamos, inclusive, em atuação no município de Monte Alegre, onde houve uma situação de enxurrada no final do ano, um tipo de ocorrência comum naquela área nessa época”, confirma o major Bruno Freitas, chefe da Divisão de Operações do Corpo de Bombeiros Militar.

Pelo serviço Alerta SMS – ao qual é possível se cadastrar pelo celular via mensagem de texto para o número 40199, informando o número do CEP-, as pessoas podem receber informações atualizadas da Defesa Civil sobre a possibilidade de chuvas fortes, alagamentos e outras situações de risco. O sistema, criado há apenas um ano, já possui mais de 80 mil CEPs cadastrados em todo o Pará. Quando ocorre alagamento, quem está em casa deve fazer o possível para não precisar sair, e assim evitar o contato com fios elétricos, buracos e outros riscos de acidentes.

“Moradores de áreas suscetíveis devem sempre estar preparados para acionar a Defesa Civil, pelo número 193, e demais órgãos de segurança. Como a junção de maré alta e chuva forte pode ser um agravante, é importante que se tenha ainda mais zelo com o despejo do lixo, evitando jogar em canais, da mesma forma que o poder público precisa tornar mais eficiente o recolhimento e a limpeza”, ressalta o major Bruno Freitas.

 

ASCOM CBMPA

FONTE: Agência Pará

 

 

 

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