Empoderamento feminino no militarismo
Publicado: 8 de março de 2018 - Hora: 12:43

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Empoderamento feminino no militarismo

 

Oficializado pela Organização das Nações Unidas em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher era celebrado muito tempo antes, desde o início do século 20. E hoje a data é lembrada através das conquistas, direitos e realizações no contexto mundial.

De um tempo pra cá, as mulheres têm assumido um papel muito importante em diversos setores e profissões, que antes, eram marcadas por homens. A major Gabriela Contente é subcomandante do 27° Grupamento de Bombeiros Militar – Mangueirão, no momento está como comandante em exercício devido as férias do atual comandante. É a única mulher do Corpo de Bombeiros Militar do Pará ocupando um cargo na gestão de unidade operacional do CBM.

“Ter mulheres no comando significa que todas são capazes daquilo que lhe é posto, o que me motiva dentro do meu trabalho é servir a sociedade, quando as pessoas precisam dos nossos serviços, nós estamos lá, nossa missão é salvar vidas, e pertencer à uma Instituição tão nobre é motivacional”, pontuou.

Há quase 21 anos de serviços prestados à corporação, a primeira mulher oficial combatente do CBM, tenente coronel Adalmilena Costa, é presidente da Comissão Permanente de Licitação e afirma que: “viemos para somar, nós, mulheres, temos diferenças, mas podemos exercer qualquer um dos trabalhos atribuídos aos homens dentro do Corpo de Bombeiros, acima de tudo executar um bom trabalho, com o respeito e da melhor forma possível para o bem da minha corporação e da população”.

É importante frisar que todos os dias uma semente é plantada, no ano passado 47 mulheres soldados entraram no Corpo de Bombeiros. A soldado Laura Souza é uma das que fez parte desta turma. “Sempre admirei o trabalho de bombeiro e quis fazer parte da Instituição, e hoje, poder mostrar o poder da mulher dentro da corporação e da sociedade, além de representar que nós mulheres também podemos ser bombeiro militar e exercer um bom trabalho de forma qualificada”, afirmou.

História – A primeira participação de uma mulher em combate ocorreu em 1823. Maria Quitéria de Jesus lutou pela manutenção da independência do Brasil, sendo considerada a primeira mulher a assentar praça em uma Unidade Militar.

Entretanto, somente em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, as mulheres oficialmente ingressaram no militarismo através do Exército Brasileiro. Foram enviadas 73 enfermeiras, 67 delas enfermeiras hospitalares e 6 especialistas em transporte aéreo. Elas serviram em quatro diferentes hospitais do exército norte-americano, todas se voluntariaram para a missão e foram as primeiras mulheres a ingressar no serviço ativo das forças armadas brasileiras.

No Corpo de Bombeiros Militar do Pará a primeira turma de mulheres completou 24 anos no início do mês de fevereiro deste ano. Atualmente, mais de 182 mulheres fazem parte da Corporação e estão presentes em todas as áreas, até na função de “soldado do fogo”. Em 1997 entrou a primeira turma de oficiais femininos combatentes e em 2006 veio a primeira turma de mulheres soldados.

A sargento Firmino Furtado é uma das militares que ajudou a construir a história da mulheres dentro do CBM, presente na turma pioneira, ela diz que: “é uma eterna responsabilidade, haja vista, quando nos tornamos referência para a continuidade do ingresso de outras mulheres, bem como, concretizar o empoderamento da mulher dentro de um espaço extremamente masculino. Nós já somos fortes por natureza, as mulheres apenas somaram dentro da instituição, a mulher levou ao militarismo sua essência de ser mãe, o que torna qualquer ambiente mais humanizado, tornando o nosso serviço mais efetivo, que é o de servir”, ressaltou.

Por Carlos Yury

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