Defesa Civil tem ações intensificadas em Barcarena
Publicado: 27 de fevereiro de 2018 - Hora: 08:58

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Defesa Civil tem ações intensificadas em Barcarena

O governo do Estado intensificou as ações nas comunidades do município de Barcarena, no nordeste paraense, afetadas pela contaminação constatada pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), no entorno da área de atuação da empresa Hydro. A força-tarefa de órgãos estaduais em parceria com a prefeitura municipal seguiu neste domingo (25), com a continuação do cadastramento de famílias, levantamento de possíveis problemas de saúde decorrentes da situação e distribuição de água potável, medidas emergenciais determinadas pelo Grupo de Trabalho do Governo do Estado.

Ao todo, 30 profissionais da saúde, entre agentes de endemias e de saúde, além de 16 assistentes sociais, agentes da Defesa Civil, entre outros profissionais do Estado e Município atuam nos últimos dias nas comunidades de Bom Futuro, Vila Nova e Bujaruba. As equipes estão em campo para mapear e identificar as necessidades das famílias que residem nesses locais e que tipo de impacto que elas podem ter sofrido.

De acordo com a Defesa Civil do Estado, em dois dias foram entregues 700 galões de água a 310 famílias. A distribuição iniciou ainda na noite de sexta-feira (23), onde 50 famílias da comunidade Bom Futuro receberam 126 galões. Já no sábado (24), a entrega iniciou pela manhã e seguiu durante todo o dia, abastecendo ainda as localidades de Vila Nova e Bujaruba, totalizando 260 residências e 574 galões. O abastecimento será semanal e a quantidade varia em função do número de pessoas residentes em cada casa, com média de uma unidade de 20 litros para cada duas pessoas.

“Estamos em situação de alerta pelo menos até o final do mês. A previsão é que 600 famílias sejam atendidas, mas nossa atuação depende também dos resultados dos laudos de instituições competentes sobre o nível de contaminação. Estamos à disposição para dar suporte à comunidade no que for preciso”, afirmou a Major Ciléa Mesquita, chefe da divisão de apoio à comunidade da Defesa Civil do Estado.

Fiscalização – Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) estão no município para fazer o monitoramento dos níveis das bacias do sistema de tratamento dos rejeitos da Bauxita nas instalações da Hydro. No sábado (23), a equipe aplicou novas notificações reiterando os pedidos de outras instituições que visam a proteção da saúde dos moradores, mitigando os problemas já causados ao meio ambiente, e evitando novas ocorrências.

Entre os pedidos está a garantia de distribuição de água para as comunidades que foram contaminadas; a indicação de representantes da empresa para acompanhar as vistorias que passarão a ser realizadas diariamente; imagens das câmeras do dia do incidente para saber o que houve de fato; e um diagnóstico ambiental da área (de solo e da água – superficial e subterrânea).

“Vamos montar equipes para, de duas em duas horas, avaliar o nível das bacias e ver se há possibilidade de transbordamento. Em caso de chuva o monitoramento será feito de uma em uma hora”, explicou a geóloga da Diretoria de Licenciamento Ambiental da Semas, Rejiane Santos.

Ação conjunta – Para minimizar os impactos à população e ao meio ambiente o governo do Estado criou um Grupo de Trabalho, após determinação direta do governador Simão Jatene, na tarde da última quinta-feira (22), logo após a divulgação do laudo do Instituto Evandro Chagas (IEC), sobre a qualidade da água coletada nas imediações da área onde ficam localizadas as bacias de resíduos da refinaria.

“A sala de situação centraliza todas as informações de órgãos estaduais e municipais envolvidos. Estamos realizando reuniões três vezes ao dia com todos os agentes participantes, a empresa e a própria comunidade, repassando todas as informações acerca do desastre e vamos permanecer com a Sala de Situação até que tudo seja normalizado”, complementou a Major.

Entre as entidades atuantes estão as secretarias de Estado de Saúde Pública (Sespa), de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), além da Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codec), Defesa Civil do Estado e Procuradoria-Geral do Estado, incluindo peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.

Por Lidiane Souza (Ag. Pará)

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