Banco de leite da Santa Casa precisa aumentar estoque de doações para garantir alimento aos recém-nascidos
Publicado: 26 de maio de 2020 - Hora: 21:31

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Banco de leite da Santa Casa precisa aumentar estoque de doações para garantir alimento aos recém-nascidos

A quantidade de leite humano doado ao BLH da Santa Casa só é suficiente para atender aproximadamente 30% dos bebês internados

 

A Covid-19 vem afetando a captação de leite de Bancos de Leite Humano (BLH) em quase todo o Brasil, mas a Santa Casa do Pará tem conseguindo driblar os efeitos da pandemia e, pelo menos, manter estabilizada sua captação. Nos meses de março e abril de 2020, com o apoio do projeto Bombeiros da Vida, do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, o Banco conseguiu coletar 440,6 litros de leite, um acréscimo de 1% em relação aos mesmos meses do ano passado.

Um aumento que mesmo pequeno, pode ser suficiente para alimentar, em um dia, até 40 recém-nascidos, que ainda recebem pequenos volumes, como 1 ml. A manutenção das doações é resultado de um grande esforço das equipes do banco e dos Bombeiros da Vida para adequar a captação ao novo cenário de cuidados exigidos com as doadoras e com os profissionais que atuam na coleta de leite.

“Nós tomamos medidas, seguindo as orientações de acordo com o que diz o Ministério da Saúde e os órgãos de vigilância em saúde, respeitando também o decreto do governador, tendo como referência 3 pontos base, que são o distanciamento social, a utilização dos EPIS, fornecidos pela Santa Casa e pelo Corpo de Bombeiros, e a intensificação dos contatos remotos (por telefone e WhatsApp) com as doadoras, para a orientação sobre o uso do kit doação. Por conta disso, conseguimos manter as doações com segurança e passando essa segurança também para as doadoras, sendo que também fomos favorecidos porque a busca do leite já é feita na residência, sem a necessidade da doadora sair do seu domicílio, algo que está sendo estimulado nesse período”, explica a coordenadora do Programa Bombeiros da Vida, do Corpo de Bombeiros do Pará, Cabo Carlena.

A doadora Amanda Rocha, mãe de Isis, começou a doar há sete meses. Além de dar de mamar a menina exclusivamente no peito, até os 6 meses, Amanda se manteve ativa nas doações nos dois últimos meses. Ela destaca a praticidade e importância da doação.

“ A pandemia não foi um problema pra eu fazer minhas doações, pois os bombeiros trazem o kit de doação na minha casa e vem depois buscar o leite que eu doei. Então, eu digo pra outras mães que querem ser doadoras, que elas não precisam se preocupar em estar saindo e podem doar para que não falte leite para essas crianças que estão precisando tanto”, apela a doadora.

 

Para a coordenadora do Banco de Leite da Santa Casa, a nutricionista Cynara Souza, tanto a doação, quando o aleitamento materno podem e devem ser mantidos durante a pandemia.

“Doar leite materno em tempos de pandemia é seguro. É seguro para quem doa, para a equipe que coleta e para quem recebe.

A doadora não precisa sair de casa para doar

Basta que ela entre em contato com a equipe, através dos contatos do banco de leite. Doar Leite Materno é seguro e salva vidas!”, afirma a nutricionista que também explica como deve se dar o aleitamento materno.

“Mães que estejam sintomáticas para a Covid-19 podem e devem amamentar, com uso de máscaras e ter atenção a higienização das mãos antes e depois dos cuidados com o bebê. Já a doação de leite materno, pela mãe que apresentou sintomas, deve ser realizada de forma segura, após a quarentena e liberação médica”, explica Cynara Sousa.

Atualmente, a quantidade de leite humano doado ao BLH da Santa Casa é suficiente para atender aproximadamente 30% dos bebês internados, sendo necessário o aumento dessa arrecadação para que mais recém nascidos tenham o melhor alimento para essa fase da vida.

Para doar leite materno, basta que a mulher esteja saudável e amamentando. O banco também precisa de doações de recipientes, como os de café solúvel (de vidro com tampa de plástico) para o armazenamento e processamento do leite doado. Para mais informações ligue para: 4009-0375/4009-2212/4009-2311 ou para 988996326 (WhatsApp e telefone), no horário das 8h às 18h.

 

Texto: Reprodução Agência Pará

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